Bomb, bomb, bomb. Bomb, bomb Iran... Puro génio...
A inconsciência de alguns sectores do Partido Republicano ainda vai acabar por arrastar os EUA para uma guerra que este país não deseja e só diz respeito a Israel. Cartoon por Jim Morin do Miami Herald.
Soube ontem, por boa fonte, que o exército israelita cancelou todas as dispensas dadas por causa da "Páscoa Judaica" (Pesakh). É possível que tudo isto seja uma cortina de fumo, porém, este ano a Pesakh calha entre 6 e 14 de Abril e o Enterprise chega ao Estreito de Ormuz por essa data também, elevando para três o número de porta-aviões americanos na área. Vamos ver o que acontece então.

We shall fly to the horizon: there
eternal day without sunset shines through a red curtain.
Speed to the horizon! There a red curtain
is woven from daydreams and flame.

Andrei Belyi, "Beyond the sun"

E agora para Leste, perseguindo o horizonte! A caminho dos 90 minutos que nos separam da meia-final da Taça UEFA!
Força Sporting!!!

Sporting 2 - Metalist Kharkiv 1 (1ª mão)

GUERRA IRÃ / IRÃO na Wikipedia ou o triunfo da ignorância

Esta questão Irã/Irão é interessante porque torna claro duas coisas, ambas ligadas à necessidade de recusar, ou pelo menos rever, o Acordo Ortográfico: a etimologia das palavras é importante; uma sociedade que prefere a “vontade da maioria” ao conhecimento da história está condenada à ignorância. Passo a explicar:

A razão de escrevermos Irão deve-se ao facto de em Persa o sufixo "stan" indicar “território/país de”. É também por essa razão que escrevemos Turquemenistão, Cazaquistão, etc. mas não, por exemplo “Brasílistão”. Todos esses países asiáticos foram, em tempos, regiões de influência persa e consequentemente as línguas europeias adotaram estes nomes.

Peço aos leitores deste post que vão ao Google e busquem “Turquemenistã”, por exemplo. Não vão encontrar nada. Ou então vão ao site www.Brasil escola.com (site privado de educação). Os brasileiros usam também a palavra “Turquemenistão”! É curioso, não é? Mas porquê? Não deveriam logicamente escrever e dizer “Turquemenistã”, uma vez que o fazem para o Irão? Ignoro a verdadeira razão disto ser assim mas tenho uma teoria. Até à revolução iraniana a palavra “Pérsia” era usada para descrever o país em questão. Ora, quando os Aiatolas tomaram o poder mudaram o nome para uma palavra que em Inglês se traduz como “Iran”. Nas televisões e nos jornais brasileiros da altura – quase que posso jurar – a palavra inglesa deve ter sido traduzida segundo o som, ficando “Irã”, em vez de terem seguido a correta etimologia e escrito / dito “Irão”. Enfim… jornalistas. Não são propriamente as mais pensadoras criaturas do universo, pois não? Curiosamente quando a URSS implodiu e um cardume de “stans” saltou para a independência esta “norma” não foi seguida. Também não sei porquê mas julgo que os deuses da ignorância, que como sabemos são caprichosos, devem ter achado que esses países tinham todos nomes terminados em “ão”, “porque sim” e Turquemenistão, etc. acabaram escritos em português correto. Puro acaso.

É o que dá ligar às maiorias. As maiorias não sabem nada. São cegos guiados por cegos. Perdem-se no caminho e têm caprichos se não forem ajudados e corrigidos por quem tem responsabilidades. Daí ser melhor seguir normas do que modas. Daí ser melhor perguntar primeiro à História a razão de ser de certas coisas. Só depois – depois, repito – perguntar aos linguistas como as devemos escrever: é que alguns deles acham que o mundo nasceu em 1968. E nunca – mas nunca, peço-vos – deixar aos jornalistas que não passam de vendedores de papel, o poder de nomear as coisas. Esses julgam que o mundo nasceu ontem, antes do Telejornal. Infelizmente, vejo-os assim...

Devo finalmente dizer que o Brasil tem todo o direito de chamar “Irã” ao Irão. É um país soberano e governados por adultos. Portugal também. Nós portugueses temos o dever de conhecer a etimologia das palavras e defender o seu uso correto. Uma língua não é um Carnaval de sons, como ouvi alguém dizer uma vez na FLUL. Isso, quando muito é música para os ouvidos e baile para a consciência dado por quem julga que nós somos todos parvos e engolimos as trapaças do multiculturalismo. Uma língua é uma forma de transmitirmos pensamentos acumulados ao longo de gerações e isso não pode estar sujeito a modas porque senão não entendemos o porquê das coisas.

O vetusto porta-aviões USS Enterprise acabou de passar o estreito de Gibraltar e dirige-se ao Golfo Pérsico para se juntar aos outros dois que estão na área (Carl Vison e Abraham Lincoln). É boa... já lá estão dois porta-aviões modernos e em terra há centenas de aviões para conter qualquer ameaça séria. Que vem este museu flutuante, meses antes de ir para a reforma (início de 2013), acrescentar? O Irão, é certo, continua a fazer ruídos e parece suficientemente assustado para fazer um disparate. Mais: é já em 4 de Maio que se vai dar a 2ª volta das suas "eleições", ocasião sempre propícia à asneira. Ainda assim, fizeram sair este velhote de Norfolk e enviaram-no para a área mais tensa do planeta. Ocorreu-me um pensamento malévolo: o Enterprise é um navio mítico no pensamento americano e qualquer coisa que lhe aconteça terá um efeito devastador na opinião pública dos EUA. Acho difícil que o Irão cometa uma loucura assim mas basta "alguém" disparar um míssil contra o navio e aparecer uma explosão na televisão que temos o caldo muito entornado. Este alguém não tem sequer de ser iraniano. Quem é que se lembra o que aconteceu ao "Maine"?

Fui finalmente ver "O Artista". É um filme sobre a cegueira do orgulho e a redenção que o amor, nas suas diversas formas, permite. «Tens que me deixar ajudar-te» disse ela. Ele só percebeu isto depois de ter ido ao fundo do proverbial poço e ter afastado esse sentimento que como o sal em excesso, mata e esteriliza. Os sons puderam então entrar no seu mundo silencioso e ele conseguiu dançar como uma estrela.
Belíssimo. Obrigado, Ana Horta pela companhia.

Faleceu Antonio Tabucchi.
A única coisa que li dele foi um conto chamado "Yo m’enamori d’un aire" inspirado por uma canção sefardita do século XVI que conta a história de um homem apaixonado por uma rapariga que se desvanece no ar (refere-se às perseguições da Inquisição). Aqui fica a música interpretada pela Jennifer Charles dos Elysian Fields.

Fui ver a MONSTRA ontem com a Carla, magnífica companhia de filme e risotto. Dos excelentes filmes que vi da retrospectiva "Think Oscar", houve um que se distingue pela sobriedade, humor subtil e ternura: "The Danish Poet". A poesia não tem de ser triste para ser profunda, nem a leveza é sinónimo de leviandade. Coisas há que só podem ser ditas se forem acompanhas por um sorriso. Para quem não foi aqui fica o meu sorriso.

História da Vanguarda na arte moderna

Obrigado, Susana pela sugestão!

Fiz este vídeo para expor as minhas razões para fazer greve neste dia 22 de Maço de 2012:
Chega de sacrifícios para nada, impostos, espertalhões, chulos, velhacos, vampiros, ambiciosos, arrivistas, gananciosos, incompetentes, celerados, parasitas, bajuladores, intriguistas, cobardes, palhaços, megalomanos, etc, etc, etc.






"Spartacus" by Stanley Kubrick, Universal Pictures, 1960. All rights reserved.

Ontem foi Dia da Árvore, hoje é dia da Poesia e da Trissomia 21, amanhã é Dia da Água. Abracem estas causas. Precisamos delas e elas precisam de nós.

Processo contra CP e REFER desaparece na Relação - Sociedade - Sol

Processo contra CP e REFER desaparece na Relação - Sociedade - Sol

Razão tinha o senhor Diogo do Couto que já no século XVI se queixava que em Portugal a justiça é como uma teia de aranha: apanha todos os mosquitos que têm a desgraça de lá cair e é atravessada por todos os passarões que voam pelos céus. Triste país o nosso.

Chegou a Primavera! Deixo-vos a reconstrução feita pelo Joffrey Ballet da coreografia original concebida por Nijinsky para a deslumbrante música de Igor Stravinsky. Viva o Youtube!

Obrigado Pai por tudo quanto me deste e ensinaste! Feliz 19 de Março! Um beijo

"Há um animal branco e cego que te persegue na noite a passos nus: um bicho de névoa".

Ana Horta, "Inventa uma voz no rodopio do corpo"

Acho que foi assim que comecei a escrever. Queria ler as minhas várias dimensões como se fosse outra pessoa a olhar para dentro de mim. Mas havia a desorganização. A minha desorganização é o meu Afeganistão. Ainda luto contra ela. Todos os dias, sem fim à vista.

O Captain my Captain! our fearful trip is done,
The ship has weathered every rack, the prize we sought is won,
[...]
Walt Whitman, O Captain My Captain

Parabéns ao meu Sporting e a todos os Sportinguistas pela vitória. E obrigado a todos os adeptos de outros clubes que demonstraram na última semana a vossa indignação para com a bazófia inglesa. As contas fazem-se no fim. Sempre.

 Foto: Jornal Record

Greg Smith

Está no permalink em baixo o artigo de opinião de Greg Smith no New York Times que tanto brado está a dar por esse mundo. Ainda é cedo para vermos as consequências embora eu tenha reparado no Bloomberg que as acções da GS caíram 3,35% desde a abertura da NYSE. Vamos lá ver o que isto dá se é que dá alguma coisa. Movimentos a ver até 6ª feira: do lado dos vampiros, JPMorgan e Citibank. Do lado dos pastores: os zombies da SEC e essa voz do dono que dá pelo nome de Ben Bernanke.

Quanto ao que penso em termos morais disto tudo tenho a dizer o seguinte:

As bancarrotas financeiras são sempre precedidas de bancarrotas morais. E às bancarrotas financeiras sucedem-se sempre as bancarrotas políticas. O tempo do ouro e do suor acabou; aproxima-se o do aço e do sangue. Fechemos os punhos e abramos os olhos.

Permalink: http://www.nytimes.com/2012/03/14/opinion/why-i-am-leaving-goldman-sachs.html

Fiz este vídeo para "Lua nha testemunha" da Cesária Évora, uma das minhas músicas preferidas. Conheço poucas que retratem tão fielmente a condição humana. Composta por B. Leza como lamento da ausência da pessoa amada, sugere ser a distância irremediável; a espera escusada. Estamos sozinhos e a Lua é a nossa única testemunha. Rodeiam-nos desconhecidos: quem ontem se aninhou assustada nos nossos braços, amanhã proclamará com frieza estouvada que sentiu zero, pelos ventos e pelos ecrãs. Não é só a Jodie Foster que ali está de olhar vazio ao perceber que a verdade apanha-se com enganos.

Assim na Terra, como nos céus: jogamos à cabra-cega com o universo e somos nós que temos a venda. Rodeia a única porta que vale a pena abrir uma canzoada infernal farejando sangue. Não é só a Jodie Foster que está dentro daquele automóvel observando o macabro espetáculo do mundo com inquietação.

Continuamos à procura, testemunhados pela Lua: a entregarmo-nos como podemos, a fazer poesia, a construir radiotelescópios. Ainda bem. Todas as baixezas e grandezas acontecem neste minúsculo grão de pó azul, flutuando num universo mais vasto que a nossa imaginação. A descoberta da verdade, na Terra e nos céus, libertar-nos-á.

Música: Lua nha testemunha (composto por
B.Leza) cantado por Cesária Évora.

Imagens por ordem de entrada:
1. Youtube video "Space ballon camera in
space HD - Stratosphere" carregado por
Youtube user "Koro0008"
2. Blog Downthewormhole
3. Cleber Medeiros / Agência Senado
4. www.blackspecs.de
5. Youtube video "Tour of the Moon (our
one and only)" carregado por Youtube user
"SpaceRip"
6. "Contact" film by Robert Zemeckis,
Warner Bros. 1997
7. Youtube video "Lunar landscape flyover
(Terragen2)" carregado por Youtube user
"Tapajara"
8. Youtube video "Earth from Space"
carregado por Youtube user denmiaZg

Criado por João Paulo Carreteiro (Youtube user
Zoompt), Março 2012

Sporting 5 V.Guimarães 0

Eu estava lá e só eu sei porque não fiquei em casa.

Obrigado Joana Laranjo Abrantes, Ricardo Abrantes, Tiago Tiago Carvalheiro Laranjo e Pai Laranjo (não me lembro do nome :P)

Morreu Moebius. O génio que nos deu Blueberry, co-fundador do magazine "Métal Hurlant", co-fundador do grupo artístico "Les Humanoids Associes", alguns das imagens e conceitos de "Alien" e tantas coisas mais. O mundo hoje ficou mais pobre...

R.I.P. Jean Giraud (1938-2012). Thank you for all you gave us.

Segundo o Público a CONFAP quer que "incivilidades na escola" passem a ser crimes públicos. Ah sim? Imaginem os problemas do nosso sistema educativo a tentarem ser resolvidos pelo nosso sistema judicial:
Professor: "... e então o Manuel chamou à minha mãe p..., Sr. Dr. Juiz"
Juiz: "E isso quando foi?"
Professor: "Foi há sete anos, Sr. Dr. Juiz"
Juíz: "Sr. Manuel. Explique-se lá"
Manuel:"Não sei... não me lembro"
Ministério Público:"Peço que sejam chamadas as testemunhas X, Y e Z" e assim por diante...
É que o crime, sendo público, implica que o mesmo seja julgado independentemente de acordos entre interessados, punições administrativas ou outro tipo de negociação entre as partes. A coisa terá de ir até ao fim com recursos pelo meio e as bandoleirices que os advogados inventam. Entretanto a escola perde definitivamente a legitimidade para resolver os seus problemas e os tribunais ficarão ainda mais atulhados do que já estão. E a raiz deste problema não será um problema de legitimidade? Quem, afinal, manda na sala de aula? E quem manda na escola? Será que alguém manda algures, no fundo?

If not, reboot, debug and reload it.

Post nº 100!!!

John Coltrane Plays Only Live Performance of A Love Supreme | Open Culture

Dedico esta ao esforço, dedicação, devoção e glória demonstradas ontem em Alvalade pelos jogadores e pelo público. Viva o Sporting!!



John Coltrane Plays Only Live Performance of A Love Supreme | Open Culture

Eis as mulheres que estão ou passaram na minha vida e a tornam ou tornaram mais agradável e especial. Desejo-vos um feliz 8 de Março. Para mim é todos os dias!


Ah! e não estão todas: é que não consegui algumas fotos... mas estão no coração :)



Musica por: Humanos (Quero é viver). Todos os direitos reservados.

Leonor Maria Santos Silva, Anitaduarte Ferreira, Anicia Oliveira, Eu, Paula Pessegueiro, Manuela Maio
SMAS de Oeiras e Amadora. SSA - Secção dos Serviços Administrativos:
Wherever, More ever, Whatever...

Continua na China o "crescimento" económico fantasma. O que isto representa para o sistema bancário, para a economia e para o meio ambiente é macabro. Milhões de metros cúbicos de cimento para nada: um Parque de diversões construído e logo abandonado. Reportagem silenciosa de Catherine Hyland. Belíssimas imagens e som fantasmagórico: a desesperada poesia das ruínas modernas de um planeta esquizofrénico. Porquê?


Wonderland from catherine Hyland on Vimeo.

Apesar do meu interesse pelo Espaço, o Planeta Terra ainda é o planeta que mais me surpreende. Comecemos pelo cenário: este pico que vêm na imagem é um sítio real, um penhasco perdido no mar entre a Austrália e a Nova Zelândia. Agora a parte mesmo interessante: entomologistas descobriram há poucos dias uma espécie gigante- mas gigante mesmo! - de insecto que se julgava extinta: o "tree lobster" (como se dirá em português? Gafanhoto-arvore?). Qual alien...
Aqui está o video de um dos bichos a nascer. Ridley Scott: a natureza ultrapassa-nos sempre...

Lord Howe Island Stick Insect hatching from Zoos Victoria on Vimeo.

Miguel Relvas acaba de dizer que a RTP vai ser privatizada. José Eduardo dos Santos acaba de ganhar um canal de televisão. E Portugal? Ganha exactamente o quê? E perde o quê? Estas são as contas que deveremos fazer enquanto portugueses. Quanto ao governo encontra-se povoado por gananciosos demasiado obtusos para perceberem para que serve o dinheiro ou para que serve o poder. Feios homens, feios bichos...