FELIZ DIA DA MÃE!
Obrigado mãe pelo amor que me deste e dás e por tudo quanto me ensinaste! Um beijo!
Uma cabine no Titanic
domingo, 6 de maio de 2012
ELEIÇÕES GREGAS - O PRINCÍPIO DO FIM
Embora sejam eleições de natureza diferente (presidenciais em França e legislativas na Grécia) os resultados na Grécia só podem preocupar quem acha que messianismos na política são a morte da democracia. O voto na Grécia mostrou uma implosão do sistema partidário moderado e a ascensão dos extremos. Isto é a consequência de um sistema politico mafioso e de uma sociedade decidida a vingar-se do que lhe fizeram. Não tardarão a ouvir-se convites ao exército, tenho a certeza, pois as forças armadas, por serem a força bruta organizada, decidem sempre - à falta da legitimidade do voto - quem se mantém ou não no poder. No dia seguinte, as contas para pagar manter-se-ão, claro. Porém quem tem chumbo raramente fica muito tempo sem ouro e a guerra civil, baptizada como "Revolução", tirará à força o que pelo compromisso não se conseguiu. Quanto à Europa, espero que aprenda duas coisas com a Grécia: 1) o "crescimento eterno" e a "economia do conhecimento" (economia sem fábricas) são mitos pós-modernos criminosos. 2) A linha que dividia o Império Romano do Ocidente do Império Romano do Oriente não é uma curiosidade histórica: a Grécia nunca devia ter entrado na União Europeia. Devia ter permanecido nos santos braços da Igreja Ortodoxa e ser governada pela sua própria versão de Putin. Poupavam-se os gregos à ilusão de que poderiam ser um país simultaneamente democrático e desenvolvido e poupava-se o Euro de ficar à mercê do próximo General Ioannis Metaxas.
Embora sejam eleições de natureza diferente (presidenciais em França e legislativas na Grécia) os resultados na Grécia só podem preocupar quem acha que messianismos na política são a morte da democracia. O voto na Grécia mostrou uma implosão do sistema partidário moderado e a ascensão dos extremos. Isto é a consequência de um sistema politico mafioso e de uma sociedade decidida a vingar-se do que lhe fizeram. Não tardarão a ouvir-se convites ao exército, tenho a certeza, pois as forças armadas, por serem a força bruta organizada, decidem sempre - à falta da legitimidade do voto - quem se mantém ou não no poder. No dia seguinte, as contas para pagar manter-se-ão, claro. Porém quem tem chumbo raramente fica muito tempo sem ouro e a guerra civil, baptizada como "Revolução", tirará à força o que pelo compromisso não se conseguiu. Quanto à Europa, espero que aprenda duas coisas com a Grécia: 1) o "crescimento eterno" e a "economia do conhecimento" (economia sem fábricas) são mitos pós-modernos criminosos. 2) A linha que dividia o Império Romano do Ocidente do Império Romano do Oriente não é uma curiosidade histórica: a Grécia nunca devia ter entrado na União Europeia. Devia ter permanecido nos santos braços da Igreja Ortodoxa e ser governada pela sua própria versão de Putin. Poupavam-se os gregos à ilusão de que poderiam ser um país simultaneamente democrático e desenvolvido e poupava-se o Euro de ficar à mercê do próximo General Ioannis Metaxas.
FRANÇOIS HOLLANDE
Tudo indica que François Hollande irá ser o próximo presidente da França. O eleitorado escolheu a esquerda democrática para governar e se entender com Merckel para salvar a França e a Europa. Hollande parece ser uma pessoa normal e segura de si; o facto de ter ido à 2ª volta indica que o eleitorado votou numa solução de mudança através do compromisso, coisa necessária à superação da actual crise. Nisso, os votos do centrista Bayrou (o "meu" candidato) foram determinantes. Nas democracias é ao centro que se ganham eleições. Os esotéricos da extrema-direita e da extrema-esquerda bem podem continuar as suas rezas porque em países desenvolvidos não chegam ao poder pelo voto.
Tudo indica que François Hollande irá ser o próximo presidente da França. O eleitorado escolheu a esquerda democrática para governar e se entender com Merckel para salvar a França e a Europa. Hollande parece ser uma pessoa normal e segura de si; o facto de ter ido à 2ª volta indica que o eleitorado votou numa solução de mudança através do compromisso, coisa necessária à superação da actual crise. Nisso, os votos do centrista Bayrou (o "meu" candidato) foram determinantes. Nas democracias é ao centro que se ganham eleições. Os esotéricos da extrema-direita e da extrema-esquerda bem podem continuar as suas rezas porque em países desenvolvidos não chegam ao poder pelo voto.
sábado, 5 de maio de 2012
O «CALVINISMO» ISLÂMICO - Continua a batalha pelo Mali: destruição do túmulo de um sábio islâmico em Timbuctu.
O
wahabismo continua a sua expansão armada no Mali. Ouço muitas vezes que
«faltou» ao Islão um movimento equiparável à Reforma, o qual, «prepararia»
depois o terreno para uma versão local do Iluminismo. Esta visão das coisas,
para além de uma visão teleológica da história, demonstra que muita gente não percebeu
o que foi realmente a Reforma e, em consequência, muita da história do nosso
continente. A Reforma, sobretudo na sua vertente calvinista, não era um desejo
para «melhorar a Igreja»; era a louca intenção de fazer voltar o Cristianismo a uma imaginária «era apostólica» (daí
a obsessão com a Bíblia). Felizmente que as forças políticas seculares, depois
de saqueada a propriedade da Igreja, meteram ordem nos maluquinhos religiosos e
despacharam-nos para a morte ou para a Nova Inglaterra. Foi isso - e a
Contra-Reforma - que impossibilitou "wahabis cristãos" e abriu
caminho ao Iluminismo. Mas no Islão Sunita, a «Reforma», sobretudo a versão
«calvinista» ganhou. Sim, ela já aconteceu! E continua a ganhar. Ela - essa Reforma
- aconteceu no século XVIII no deserto da Arábia Saudita e, até à 2ª Guerra
Mundial, era apenas uma coisa exótica. Foi o petróleo que tornou possível a sua
expansão a nível mundial, das mesquitas londrinas ao Mali e do Afeganistão ao
Departamentos de Linguística e cultura islâmica por todo o Ocidente. Se não
acreditam sigam o dinheiro e verão que ele provém sempre do nosso verdadeiro
inimigo: a Arábia Saudita e o tenebroso islão «calvinista» que propaga.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
NICLOLAU MAQUIEVEL - Florença, 3 de Maio de 1469 - Florença, 21 de Junho de 1527
Parabéns, meu Príncipe! Faz hoje 543 anos que nascestes (1469).
Não queria deixar passar esta data sem comemorar o teu nascimento. Foste
para a política o que Galileu foi para a ciência: onde havia a treva da
crença, tu iluminaste com a luz da razão. Isso «eles» não te perdoam. É
que, para além das boas intenções, têm de se haver com o poder que as
sustenta ou não. Tu puseste a nu os pactos com o Diabo que «eles» são
forçados a fazer para tornar realidade as suas quimeras e, portanto,
revelaste que são humanos, demasiado humanos. Os Savoranolas deste mundo
jamais esquecerão essa heresia e jamais te perdoarão: daí as calúnias. Obrigado!
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Then came the darker sooner,
came the later lower.
We were no longer a sweeter-here
happily-ever-after. We were after ever.
We were farther and further.
More was the word we used for harder.
Lost was our standard-bearer.
Our gods were fallen faster,
and fallen larger.
The day was duller, duller
was disaster. Our charge was error.
Instead of leader we had louder,
instead of lover, never. And over this river
broke the winter’s black weather.
(Catherine Wing, "The darker sooner")
Parabéns ao meu Sporting pela brilhante caminhada europeia que fez esta época. Parabéns ao Sá Pinto, aos jogadores e aos adeptos.
came the later lower.
We were no longer a sweeter-here
happily-ever-after. We were after ever.
We were farther and further.
More was the word we used for harder.
Lost was our standard-bearer.
Our gods were fallen faster,
and fallen larger.
The day was duller, duller
was disaster. Our charge was error.
Instead of leader we had louder,
instead of lover, never. And over this river
broke the winter’s black weather.
(Catherine Wing, "The darker sooner")
Parabéns ao meu Sporting pela brilhante caminhada europeia que fez esta época. Parabéns ao Sá Pinto, aos jogadores e aos adeptos.
MIGUEL PORTAS
Hoje ouvi na rádio, pela voz de Pedro Rolo Duarte, uma frase que acho ser boa para descrever o modo de estar na política de Miguel Portas que faleceu na última 3ª feira: "Ele dividia na substância mas aglomerava na forma". Infelizmente não me recordo do nome do autor mas subscrevo-a inteiramente. Que descanse em paz. Os meus sentimentos à família, aos amigos e a todos os que o admiravam.
Hoje ouvi na rádio, pela voz de Pedro Rolo Duarte, uma frase que acho ser boa para descrever o modo de estar na política de Miguel Portas que faleceu na última 3ª feira: "Ele dividia na substância mas aglomerava na forma". Infelizmente não me recordo do nome do autor mas subscrevo-a inteiramente. Que descanse em paz. Os meus sentimentos à família, aos amigos e a todos os que o admiravam.
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