Editorial do The Times de 6 de Abril de 1917
(tradução livre)
A América entrou na Guerra! Hurrah! Após três longos anos a defender o direito à felicidade na Flandres, na Itália e na Rússia, a Entente Cordiale, vê agora a galante jovem nação do outro lado do oceano aproximar-se na luta contra o Imperialismo do Kaiser.
Que laços nos uniam, era já do conhecimento dos mais avisados nas nações esclarecidas. Afinal, não falamos nós a mesma linguagem? Não temos nós o mesmo amor à liberdade, à alegria de viver e à cultura das coisas belas e interessantes?
Mesmo quando, entre nós, alguns sectores cépticos duvidavam da exequibilidade de uma aliança (dadas as circunstâncias!), aqueles que se entregaram com generosidade à causa dos Aliados, nunca perderam a esperança de ver este dia.
Mas chegados aqui urge fazer algumas considerações sinceras, sob pena de se cometer o hediondo pecado da arrogância.
Estará a guerra ganha? Não! Convençamo-nos disso! A guerra acaba quando acaba, não antes. E depois, mais importante ainda, é necessário ganhar a paz. A declaração do Congresso americano, enviada há dois dias atrás, dá-nos apenas uma maior esperança de que guerra tenha um desfecho vitorioso para o mundo livre. Mas dá-nos apenas isso.
É que como o amor, a guerra, tem as suas próprias leis. E é necessário obedecê-las.
O primeiro-ministro, Lord Ashquit, advertiu a nação esta manhã, no parlamento, de que é necessário dar tempo à América para que ela se prepare emocionalmente e sacuda de forma completa, a corrente isolacionista que a tem paralisado e tanta angústia tem causado deste lado do Atlântico.
Este não é um tempo para exaltações e pressas. O tempo dos começos é o mais delicado de todos porque é o tempo em que os equilíbrios de cada lado devem ser detectados e alinhados. Ai de quem os descura.
S.A.R. o Principe de Gales, decidiu por isso, dar um passo simbólico e, ao mesmo tempo resolutivo e demonstrativo, da nossa firme intenção de nos unirmos à América na causa comum:
Fontes seguras informam que será convidada para um jantar a dois no Palácio de Buckingham (ou em outro sítio a definir) uma famosa cidadã americana residente em Inglaterra. O nome desta não nos foi revelado (embora haja rumores bastante plausiveis) nem a data. Será, porém, em breve, assim que for oportuno para as duas partes.
A redação do The Times deseja-lhes um jantar descontraído e, acima de tudo, feliz.
(tradução livre)
A América entrou na Guerra! Hurrah! Após três longos anos a defender o direito à felicidade na Flandres, na Itália e na Rússia, a Entente Cordiale, vê agora a galante jovem nação do outro lado do oceano aproximar-se na luta contra o Imperialismo do Kaiser.
Que laços nos uniam, era já do conhecimento dos mais avisados nas nações esclarecidas. Afinal, não falamos nós a mesma linguagem? Não temos nós o mesmo amor à liberdade, à alegria de viver e à cultura das coisas belas e interessantes?
Mesmo quando, entre nós, alguns sectores cépticos duvidavam da exequibilidade de uma aliança (dadas as circunstâncias!), aqueles que se entregaram com generosidade à causa dos Aliados, nunca perderam a esperança de ver este dia.
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Mas chegados aqui urge fazer algumas considerações sinceras, sob pena de se cometer o hediondo pecado da arrogância.
Estará a guerra ganha? Não! Convençamo-nos disso! A guerra acaba quando acaba, não antes. E depois, mais importante ainda, é necessário ganhar a paz. A declaração do Congresso americano, enviada há dois dias atrás, dá-nos apenas uma maior esperança de que guerra tenha um desfecho vitorioso para o mundo livre. Mas dá-nos apenas isso.
É que como o amor, a guerra, tem as suas próprias leis. E é necessário obedecê-las.
O primeiro-ministro, Lord Ashquit, advertiu a nação esta manhã, no parlamento, de que é necessário dar tempo à América para que ela se prepare emocionalmente e sacuda de forma completa, a corrente isolacionista que a tem paralisado e tanta angústia tem causado deste lado do Atlântico.
Este não é um tempo para exaltações e pressas. O tempo dos começos é o mais delicado de todos porque é o tempo em que os equilíbrios de cada lado devem ser detectados e alinhados. Ai de quem os descura.
S.A.R. o Principe de Gales, decidiu por isso, dar um passo simbólico e, ao mesmo tempo resolutivo e demonstrativo, da nossa firme intenção de nos unirmos à América na causa comum:
Fontes seguras informam que será convidada para um jantar a dois no Palácio de Buckingham (ou em outro sítio a definir) uma famosa cidadã americana residente em Inglaterra. O nome desta não nos foi revelado (embora haja rumores bastante plausiveis) nem a data. Será, porém, em breve, assim que for oportuno para as duas partes.
A redação do The Times deseja-lhes um jantar descontraído e, acima de tudo, feliz.
2 comentários:
Olha! 6 de Abril é o meu dia de anos!
Tr.
Livra... Que coincidência...
Confirmar s.f.f. em: http://en.wikipedia.org/wiki/April_6
N.
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