sábado, 5 de maio de 2012

O «CALVINISMO» ISLÂMICO - Continua a batalha pelo Mali: destruição do túmulo de um sábio islâmico em Timbuctu.

O wahabismo continua a sua expansão armada no Mali. Ouço muitas vezes que «faltou» ao Islão um movimento equiparável à Reforma, o qual, «prepararia» depois o terreno para uma versão local do Iluminismo. Esta visão das coisas, para além de uma visão teleológica da história, demonstra que muita gente não percebeu o que foi realmente a Reforma e, em consequência, muita da história do nosso continente. A Reforma, sobretudo na sua vertente calvinista, não era um desejo para «melhorar a Igreja»; era a louca intenção de fazer voltar o Cristianismo a uma imaginária «era apostólica» (daí a obsessão com a Bíblia). Felizmente que as forças políticas seculares, depois de saqueada a propriedade da Igreja, meteram ordem nos maluquinhos religiosos e despacharam-nos para a morte ou para a Nova Inglaterra. Foi isso - e a Contra-Reforma - que impossibilitou "wahabis cristãos" e abriu caminho ao Iluminismo. Mas no Islão Sunita, a «Reforma», sobretudo a versão «calvinista» ganhou. Sim, ela já aconteceu! E continua a ganhar. Ela - essa Reforma - aconteceu no século XVIII no deserto da Arábia Saudita e, até à 2ª Guerra Mundial, era apenas uma coisa exótica. Foi o petróleo que tornou possível a sua expansão a nível mundial, das mesquitas londrinas ao Mali e do Afeganistão ao Departamentos de Linguística e cultura islâmica por todo o Ocidente. Se não acreditam sigam o dinheiro e verão que ele provém sempre do nosso verdadeiro inimigo: a Arábia Saudita e o tenebroso islão «calvinista» que propaga.




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