domingo, 13 de abril de 2008

Um dia na vida de Rasputine zoompt

Os Sábados foram feitos para coisas assim:
Pegar no carro em boa companhia, partir sem anunciar o destino; mostrar onde se gasta o dia-a-dia na nudez vazia de uma tarde de fim de semana; explorar locais exóticos com a Arrábida ao longe; iniciar conversas; não as conseguir acabar; sentir o «cheiro a verde»; sentir a surpresa da descoberta; contar novidades prenhes de promessas; ver a serra da Lua ao longe; abrir a janela para o calor da primavera afastar os agouros do inverno; rir da tacanhez do que nos envolve; mostrar o destino; ver o mar; cheirar o mar; sentir o mar; brincar com o fogo (mas como faz bem à alma aquele frio na barriga!); chorar mágoas; dar esperança; abeirar-se de matadouros; recusar esplanadas comerciais a brincar ao Colombo; ter desejos; descortinar pastelarias; beber chocolate quente; queimar a língua; ouvi-la falar com a sobrinha; voltar para Lisboa; falar de inflação; falar do fim-do-mundo; rir; procurar a porcaria de um isqueiro que desapareceu; entrar no IC-19 quando se estava a pensar rematar o passeio com a Marginal; olhar o Cacém; mostrar o campo de futebol dos jogos internacionais dos Lusitanos F.C.; deixá-la em casa; ver a sua oliveira-bonsai e pensar que a paisagem à volta é um anti-alentejo; voltar para casa; jantar com os meus pais que apareceram por cá; jogar furiosamente Colonization até à uma da manhã e conseguir a independência dos Estados Unidos em 1685.

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